/A Revolução Transumanista

Editora Manole, 2018.

“Não pense em absoluto que se trata de ficção científica: em 18 de abril de 2015, uma equipe de geneticistas chineses propunha-se a ‘melhorar’ o genoma de oitenta e três embriões humanos. Até onde iremos nesse caminho? Será possível um dia (logo? desde já?) ‘aumentar’ livremente esta ou aquela característica dos próprios filhos, erradicar no embrião as doenças genéticas, ou até eliminar o envelhecimento ou a morte, ao moldar uma nova espécie de humanos ‘aumentados’? Ainda não chegamos (totalmente) lá, porém vários centros de pesquisa ‘transumanistas’ trabalham nisso no mundo todo, graças ao financiamento colossal de gigantes da web como o Google. Os progressos das tecnociências são extremamente rápidos e ainda escapam de regulação. Paralelamente, essa ‘infraestrutura do mundo’ que é a web permitiu o surgimento de uma economia dita ‘colaborativa’, simbolizada por aplicativos como o Uber, o Airbnb ou o BlaBlaCar.”