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A importância de ser ninguém

janeiro 2, 1999

Jorge Forbes Nada parecia perturbar a tranqüilidade aveludada daquele tradicional hotel, solidariamente ancorado às margens da Avenida Montaigne, em Paris. Meus pensamentos devaneavam, observando o velho pianista tocando, no velho piano, velhas canções para um público de época. Senhoras coquetes, de cabelos azulados, tomavam, repousadamente, o chá da tarde com suas amigas, igualmente empertigadas. Senhores […]

Paranoïa (em francês)

janeiro 1, 1999

Jorge Forbes Ça allait très mal. Il s’était disputé avec son père et avec sa mère, car il estimait ne pas avoir reçu l’attention et l’affection qu’il aurait fallu. Son frère aîné, avec lequel il avait dirigé une école de foot – la passion du sport était une manie dans la famille – était maintenant […]

A Conversação – Em Direção ao Âmago da Comunidade Analítica

abril 1, 1998

Jorge Forbes 1. Do âmago da comunidade analítica e de como se orientar em sua direção O coração, a essência, o âmago da comunidade analítica é a causa. A causa é o contrário do ideal. O ideal tem cara, cheiro, cor, tamanho, está no futuro, na frente, indicando o caminho tal a cenoura do burro […]

O Homem Cordial e a Psicanálise

fevereiro 24, 1998

Jorge Forbes A imagem do brasileiro é a de uma pessoa naturalmente simpática, extrovertida, prestativa, que se interessa imediatamente pelo problema do outro; de riso fácil, andar molenga, de tendência pacífica; amante da música, do sol e da multidão. Ainda a sua mais completa definição é aquela consagrada por Sérgio Buarque de Holanda: o brasileiro […]

A Bagagem do Analista 1

janeiro 1, 1998

Vous que j’emmène en voyage je veux que votre bagage soit magnifique et léger. Magnifique à votre image et léger comme a votre âge le plaisir de voyager. (Paul Geraldy, Chanson de Route) por Jorge Forbes Dou o nome a este texto de Bagagem do Analista. No tempo da Internet, dos Congressos e Encontros que […]

Por um aggiornamento

dezembro 12, 1996

Jorge Forbes I Ser analista é uma opção ou é uma necessidade? Dizendo que é uma opção, deduzo a existência de um modelo, de um ideal, que permite a expressão da vontade, do querer ser analista. Dizendo ser uma necessidade, refiro-me a algo que se impõe, a uma causa que é assumida. Rilke respondeu ao […]

Um Significante Novo, o Real e a Mulher* (inclui o comentário de “O Homem da Areia”)

maio 1, 1996

Jorge Forbes “Nossos significantes são sempre recebidos. Por que não inventar um significante novo? Um significante, por exemplo, que não teria, como o real, nenhuma espécie de sentido?” (Jacques Lacan) UM BURACO NORMANDO Começo com Freud, à página 291 no texto “O Estranho”, volume XVII da edição brasileira. Em uma nota de rodapé, ele diz: “A […]

A mulher e o analista, fora da civilização

abril 27, 1996

Jorge Forbes Artigo publicado no livro Problemas ao feminino, Campinas: Ed. Papirus, 1996. O arquivo está disponível abaixo para download em formato pdf. Arquivos para download A MULHER E O ANALISTA, FORA DA CIVILIZAÇÃO

Ridículas Palavras Recalcadas

janeiro 2, 1996

Jorge Forbes I Aquela pena, caindo entre as árvores sobre o rapaz sentado no banco da praça, com cara meio abobalhada, lhe pareceu um lugar comum, um apelo fácil ao sentimento da platéia, onde ele estava. José se arrumou em sua poltrona e se preparou para não gostar do filme. Mas, pouco a pouco, o […]

As Quatro Posições Subjetivas na Produção do Saber Psicanalítico

janeiro 1, 1996

Jorge Forbes I O saber psicanalítico implica o sujeito. Nem todos os conhecimentos são assim, justificando, para uma certa tendência de teóricos, a defesa de um saber sem sujeito ou dele descompromissado. É o que alguns gostariam de chamar: “saber científico”, aquele que seria independente das subjetividades do emissor e do receptor. Não me estenderei […]