Vous que j’emmène en voyage je veux que votre bagage soit magnifique et léger. Magnifique à votre image et léger comme a votre âge le plaisir de voyager. (Paul Geraldy, Chanson de Route)
por Jorge Forbes
Dou o nome a este texto de Bagagem do Analista. No tempo da Internet, dos Congressos e Encontros que se multiplicam, o analista é constantemente convidado a fazer as malas, de fato ou virtualmente, para estar com seus colegas e repartir a mesma estrada. A bagagem do analista não deve ser muito pesada, melhor levar só o necessário. Foi-se o tempo do grande livro escrito lentamente e pensado para um leitor intemporal; hoje escrevemos na marca do contemporâneo pequenas balizas no curso da história.
Uma bagagem suportável e essencial, eis o problema quando a viagem é para Barcelona, lugar do X Congresso Internacional do Campo Freudiano: “Parceiro-Sintoma”. Qual o tecido fundamental a se escolher, qual o fio axiomático? Uma resposta: “Na psicanálise o Real tem sentido e uma teoria do sujeito obriga a uma teoria da parceria”. É complicado dizê-lo assim tão aforismaticamente; há que se compreender o uso desta roupa conceitual. (1) Afirmar que a psicanálise trabalha um Real que tem sentido, especifica duas diferenças da psicanálise: com a ciência, por um lado, uma vez que o Real da ciência não tem um sentido, e, por outro lado, com a retórica, recurso de saber oposto à ciência, pleno de sentido e esvaziado de Real; o mundo dos semblantes.
A ciência, em termos genéricos, opera sobre o Real sem se perguntar o sentido da sua ação ou mesmo de seu resultado; é só notarmos o atual debate sobre a clonagem dos animais, da criação da ovelha Dolly – nome tão musical: “Hello Dolly”! Temos um bicho parido sem cruzamento sexual, o que prova o que a psicanálise há muito já compreendeu: o disparate entre reprodução e sexualidade. A ciência não se quer ideológica, porém, paradoxalmente, sua importância e validade são carregadas de aspectos subjetivos, presentes em afirmações do gênero: “para a melhoria das condições do homem”. A justificação da ciência não é científica. Recentemente, um destacado psiquiatra biológico dizia em um debate: “só trato em meu paciente aquilo que for catalogável numa classificação geral; os detalhes e particularidades da vida do paciente, para mim, são como as de todo o mundo – não me interessam”. Não há, para ele, qualquer preocupação com o sentido do sofrimento.
A esta indiferença do científico ao que é da ordem do detalhe, do particular, responde em contraponto a retórica – para muitos uma arte – disciplina da persuasão e do convencimento, que não visa uma verdade universal para todos. Trataria só do sentido, nada do real. Já houve quem quisesse listar a psicanálise entre as expressões possíveis de retórica, entendendo que na base do seu tratamento está a sugestão, desde os tempos do hipnotismo.
Insistir que a psicanálise trata de um real que lhe é próprio – um real com sentido – convida ao analista positivar a sua prática ali mesmo onde seus adversários a combatem, por vê-la defeituosa de realidade ou de sentido. Uma militância é necessária, podemos provocar.
Se pusermos na mesma sentença da nossa bagagem: um “Real com sentido” (2), específico da Psicanálise, e a dedução que “a teoria do sujeito obriga a uma teoria da parceria”, é por entendermos estas afirmações interligadas. O Real na psicanálise tem um sentido em fuga e a forma de sua apreensão não é direta mas conseqüência da parceria, em um jogo onde o sentido último escapa. Tratarei mais adiante o tema do jogo e da parceria.
Afirmar um Real com sentido eqüivale a dizer que ali onde Pascal, metaforicamente, tremia frente á imensidão do silêncio de um universo negro sem resposta, é possível inverter um termo, uma palavra que contorne o sentido sempre fugidio: uma enunciação própria a cada pessoa, marca de identidade da aposta com o Real.
Uma teoria da parceria se faz necessária, em conseqüência à teoria do sujeito, dado que o sujeito não encontra seu sentido no encadeamento das palavras; ao sujeito do significante algo falta necessariamente.
A definição de que a psicanálise opera um Real com sentido, faz a psicanálise ocupar um lugar intermediário entre as duas posições antagônicas que hoje dividem os debates epistemológicos: o relativismo – aqui se encaixa a retórica – representado, por exemplo, por Richard Rorty e as teorias da verdade única, positivistas, “científicas”, representadas entre outros por Ernest Geliner. Talvez pudéssemos alinhar do lado de Geliner os psiquiatras biológicos, responsáveis pela crescente medicalização – no mau sentido – do humano: tristeza é depressão, mau humor é doença, etc., e do lado de Richard Rorty, os assim chamados “analistas independentes”, defensores do cada um por si e Freud por todos, porque tudo é relativo.
Continuando com Pascal, podemos nos referir a uma de suas frases que aponta um impossível nessas duas posições, a empirista e a relativista: “A minha capacidade em provar é invencível por qualquer dogmatismo. Minha idéia de verdade é invencível por qualquer pirronismo” (3).
Lacan, defende Miller, “elabora um real distinto do da ciência, aparelhado de um outro tipo de certeza, de demonstração e de transmissão”… “É este real que é transmitido pela fuga do discurso. É a única maneira de compreender que Lacan diga: “Não existe relação sexual. Não podemos escrevê-la.” (4)
Frente ao sentido fugidio que Lacan descreve na sua introdução alemã aos “Escritos”, a resposta de um analisante será uma invenção única no lugar de uma sexualidade anônima; uma enunciação, um pequeno e particular achado.
Como chegar a uma enunciação que responda ao sentido do Real, que capte na palavra algo do gozo impossível? Através do confronto com os outros, do jogo, da parceria. É a presença de alguém: do parceiro de dança, de tênis, de leitura, de trabalho, de passeio, enfim, de cama, que renova as escapadelas do sentido do Real. Um fotógrafo das curiosidades humanas gostaria de fixar na imagem a peculiaridade, o sintoma de cada um. Um analista tem outra proposta.
Escolhida a roupa de viagem, ou seja, a frase: “Na psicanálise o Real tem sentido e uma teoria do sujeito obriga a uma teoria da parceria”, penso utilizá-la em três momentos atuais da Associação Mundial de Psicanálise: a) o debate que se deu em Arcachon, recentemente, sobre o problema da “citação”; b) a presença de Jacques-Alain Miller e minha no 40º Congresso da IPA, em Barcelona; c) a experiência do Passe, no que tange a seu julgamento.
Sublinho a enunciação como o aspecto a ser destacado em cada um desses três momentos. A enunciação entendida como o sentido captado no Real, conseqüente à parceria analítica.
a) Arcachon
Esse nome, que para muitos até recentemente mais parecia “alcachofra” mal pronunciada, é o de uma cidade na costa atlântica francesa. Em Arcachon realizou-se um colóquio em julho de 1997, do qual um terço dele foi dedicado ao debate sobre a citação. De que maneira, em suas discussões e trabalhos, os analistas citam uns aos outros? Esta questão foi provocada por constantes apagamentos sofridos por várias pessoas, no caso desencadeador, por Jacques-Alain Miller. Assim formularia o problema: como os analistas podem suportar a possibilidade da clínica psicanalítica, que é a de levar alguém a aceder a uma enunciação particular, se, ato contínuo, em suas Escolas, a pequena descoberta de cada um, o fruto mesmo de seu esforço em se arriscar na diferença e não na igualdade estagnante, é imediatamente desprezada, pasteurizada, harmonizada, posta na prateleira da evidência comum?
Ocorre-me uma fórmula sintetizadora: Apoiamos a Escola do funcionamento e da permutação, sem esquecer que a enunciação não é permutativa. Caso a enunciação permutasse com os cargos e funções, construiríamos uma escola da burocracia.
Vivemos este risco da burocracia, daí a preocupação com a citação. Não haverá transferência de trabalho esquecendo as autorias, desconhecendo que a psicanálise só se transmite encamada, condição do sentido do Real.
Alguns anos atrás, em 1992, em um texto sobre a criação de uma Escola de Psicanálise no Brasil (5), mencionei a questão da citação como condição fundamental para a existência de uma escola. Retomo a idéia que desenvolvi, dividindo a citação em quatro tipos:
No citar demais temos a camuflagem subjetivante, presente, por vezes, no discurso universitário. Nada foi pensado ou dito pelo autor que se restringe a tecer uma colcha de retalhos com falas de autores consagrados, em uma linguagem de preferência hermética e incompreensível. Esta citação não faz merecer o citado, ao contrário o desmerece, o mortifica.
No citar a menos, próprio do discurso histérico, encontramos os envergonhados da transferência, que, querendo apagar a fonte, ou a esquece ou cita diretamente o que conhecer indiretamente. São comuns expressões do tipo – “Minha formação foi feita em Paris, nada devo aos desta terra…”. Se Freud ainda fosse vivo, sem dúvida falariam assim de Viena, e não de Paris, entre um pedaço e outro de “Sacher-torte”.
No terceiro caso, dos que não citam, encontramos mestres que entendem o aforismo freudo-lacaniano de “reinventar a Psicanálise” a cada momento, como “inventar a Psicanálise”. A conseqüência é obviamente catastrófica, ao menos para a Psicanálise. São pessoas que ridicularizam aqueles que declinam a sua transferência, acusando-os de imaturos ou de que não terminaram suas análises. Supremo insulto. Quando se chamam José. Se dizem Joseanos, Fábio, Fabianos, Victor, Victorianos…
Finalmente, o que seria citar com justeza? Não há um modelo, mas há uma frase lapidar, orientadora, de Lacan: “pode-se ir além do pai, com a condição de saber servir-se dele”. O que cita com justeza, conforme o discurso analítico, sabe que a enunciação não é permutativa, que o melhor é seguir a lógica da transferência por ser aquela compatível com o desejo. Não se preocupam tanto com o que os outros vão pensar do que diz, mas se conseguem aproximar-se do que querem dizer. O efeito que produzem é o da transferência ao trabalho, fundamento, cimento, de uma Escola.
Por isso escrevi em um texto recente “Sobre Arcachon” (6), que aquilo passado lá interessava muito além dos presentes. Considero que é um debate que está só começando em nosso meio.
b) IPA
Jacques-Alain Miller e eu estivemos presentes ao quadragésimo Congresso da International Psychoanalythical Association, em julho passado (1997), em Barcelona. Não entrarei aqui nos detalhes interessantes e variados desta nossa viagem experimental, vamos fazê-lo em outro foro. Mas, continuando no axioma da enunciação particular que anunciei como o articulador dos três pontos desenvolvidos nesse artigo, destacarei um aspecto concernente. A IPA é uma sociedade basicamente de médicos e médicos ávidos neste momento, em se verem reconhecidos por seus colegas “científicos”. Vejam, por exemplo, na entrevista (7), anterior a este Congresso, de Horácio Etchegoyen – à época presidente da IPA – com Jacques-Alain Miller, que o principal ponto de divergência é a influência das neurociências no progresso da psicanálise. Etchegoyen está contente com uma possível aliança com os neurofisiologistas. Miller dá preferência à acrópole freudiana, assim dizendo ao primeiro: “- O mais difícil em nosso contato científico, talvez seja, que você tenha em mira as neurociências e eu o que poderia chamar de “logociências”, as ciências da comunicação e da linguagem”. Continua atual o escamoteamento da pulsão de morte, tal como Lacan avisou em “Variantes do Tratamento Padrão”. Se um dia a Pulsão de morte, o Silêncio do Real, já foi preenchida com o barulho da contra-transferência, hoje são as drogas que vêm ocupar esse lugar.
A reconquista do Campo Freudiano, da verificação de um sentido no real, está também aí, com os colegas da IPA, por se fazer. A psicanálise não precisa do beneplácito do sistema de saúde, nem disputa preço e competência com as psicoterapias auxiliares de um biologismo crescente. Neste trabalho de reconquista da essência virulenta da psicanálise é importante podermos agora contar com a Associação Mundial de Psicanálise, que permite o debate com a sua irmã mais velha e maior, a IPA. Estamos aqui só no prenúncio de um confronto positivo para a psicanálise.
c) Julgamento do Passe
Acabo de cumprir meus dois anos como membro de um Cartel do Passe. Sempre no mesmo tema – a enunciação – cabe refletir sobre a função mesma de julgamento de um Cartel do Passe, quanto à possibilidade de transmissão do que ocorre em um tratamento analítico. Como julgar a transmissão de uma enunciação particular, decorrente de uma análise?
Comecemos pelas parcerias. Dizíamos antes, com Miller, que uma teoria do sujeito obriga a uma teoria da parceria; cabe agora ordenar as parcerias conforme os três registros lacanianos do real, simbólico e imaginário.
A primeira parceria seria a imaginária: aquela do sujeito no espelho. Com ele mesmo? – poderia alguém pensar. Não, aí nota-se uma diferença entre Freud e Lacan. O narcisismo em Lacan admite uma alteridade, a imagem do espelho não é a de si mesmo mas a de um outro. A prematuração do humano, que o leva à alienação em uma imagem-ativa, determina que, no jogo da parceria imaginária, o analisando seja habitualmente o perdedor.
É uma queixa freqüente no início da análise: não se suportar, não gostar do que enxerga em sua vida, não saber se desembaraçar. A esperança da análise é de estabelecer uma segunda parceria que elucide as amarrações imaginárias: a parceria simbólica. Passa-se um tempo do tratamento, normalmente o começo, em um certo idílio com um simbólico libertador e esperançoso. Mas, chega o tempo da borrasca onde a parceria simbólica, antes esclarecedora, emburrece: tempo crítico em uma análise, pois pode levar ao retorno reconfortante das velhas imagens, à interrupção do tratamento ou às drogas. Se uma análise conseguir ultrapassar esse ponto, alcançará uma terceira parceria, uma parceria real, não com a imagem, nem com a palavra, mas com o que Lacan chamou de “ objeto a”, que se apresenta com seu vestido de sintoma. O parceiro sintoma.
A parceria real não se detecta na imobilidade de uma imagem ou na fixidez de uma frase. Sendo a parceria real, aquela onde o sentido opera em fuga, a maneira de sua percepção é mo movimento de um jogo. Explicarei.
Ao ouvir os relatos dos passes, há quem pense que o Cartel julga a partir da axiomatização em cada caso do significante fálico, sendo o Cartel do Passe semelhante a um microscópio, ou a um telescópio, que permitiria ver melhor. Pois bem, não penso que o Cartel veja melhor, diria até mesmo que ele não vê. Não raciocina na lógica fálica, edípica, mas em uma lógica além do falo, incompleta, pós-edípica.
Tomo como referência o filme de Antonioni: “Blow Up”. O título em si já é bastante sugestivo, pois quer dizer “ampliação”, ampliação de uma fotografia para ver melhor. A história é a de um fotógrafo ávido para captar em sua câmera certas peculiaridades essenciais do humano: a pobreza, a feminilidade, a morte. O filme inicia mostrando este fotógrafo misturado aos miseráveis de um albergue noturno para, sorrateiramente, flagrar-lhes a intimidade. Depois desenvolve uma seqüência onde ele, o fotógrafo, se desespera em captar o feminino ao fotografar manequins. Seus berros e ordens às modelos em nada melhoram as tentativas de fazê-las mulher. Finalmente, em uma terceira seqüência, o fotógrafo vai fazer um passeio em um parque. Lá, surpreende um casal de amantes que, obscenamente, resolve fotografar, apesar do incômodo que causa. Ao fazer a revelação e ampliação da fotografia, no canto direito aparece um objeto luminoso semelhante a uma arma, escondido entre os arbustos. O olhar amedrontado da mulher aumenta a suspeita. Na ânsia de melhor enxergar ele inicia uma seqüência de ampliações. O filme mostra seu martírio por não conseguir a verdade final, a fotografia da morte.
A última cena, preciosa, é aquela que todos guardam na memória: a partida de tênis sem bola. Um grupo de fantasiados que aparecia desde o início do filme, disruptivamente, em um ou outro momento, chega ao parque no instante de maior desconsolo do fotógrafo, quando ele não encontra o cadáver que provaria sua boa fotografia. Ruidosos, descem de um jipe. Depois correm para ocupar a quadra, os outros, o alambrado. O jogo começa disputado, acompanhado por uma platéia atenta e entusiasta. Cabeças giram da esquerda para a direita e vice-versa, seguindo uma bola que não se vê. O fotógrafo lentamente se aproxima do canto da quadra. Sua máquina, presa pela alça, está caída a seu lado, como um cachorro cansado. Começa a observar o jogo. Sua cara vai transparecendo as mudanças em seu estado de espírito: de observador, distante e crítico, a participante. O jogo, enquanto isto, prossegue. Num golpe desajeitado, a bola vai par fora da quadra, na direção, atrás, do fotógrafo. Silêncio. Todos o olham esperando que ele vá buscá-la; um segundo de grande tensão. O fotógrafo se vira, anda, corre, vai buscar a bola e a repõe em jogo. Ele passou uma bola que não se vê, mas que se deduz do jogo. É para mim um exemplo de um real com sentido.
Desta forma entendo que um Cartel possa julgar a parceria real pelo jogo que esta parceria promove além do saber, além da visão fálica, mas com sentido real. No máximo da ampliação, “blow up”, ocorre um estouro das forma fálicas habituais de se posicionar e a possibilidade de uma nova enunciação acontece e se transmite, fazendo jogar. Uma análise propicia a criação.
O Cartel, como os espectadores do alambrado, podem tentar as mais diversas explicações do quê e do porquê de sua apreciação. Mas, ao que me parece, o julgamento positivo se dá quando nas discussões do Cartel entre si e naquelas com o êxtimo, verifica-se que há um jogo e isto porque o passante passou a bola, por ter conseguido tratar a morte de uma nova maneira, por ter captado um sentido no Real.
Conclusão
Fecho minha mala de viajante. Seja em Arcachon, com a citação, na IPA, com a reconquista, ou na clínica, com a criação, notamos que quando uma pessoa repõe a bola da aposta do inconsciente em campo, a partida continua.
Bibiliografia e Notas
1) O leitor encontrará bom desenvolvimento dessa tese proposta por Jacques-Alain Miller, na lição 13 do seminário dele com Eric Laurent – “L’Autre n’existe pas et ses comités d’éthique”, no dia 19.3.97.
2) Esta expressão: “Real com sentido” e o que segue – “sentido em fuga”, foi extraído de Jacques Lacan, no seu texto introdutório aos “Escritos” – em alemão.
3) O filósofo Bento Prado Jr. Põe esta frase em epígrafe de seu texto: “O Relativismo como Contraponto”, publicado pela “Francisco Alves” no livro coletivo: “Banco Nacional de Idéias”. Este artigo é recomendável para quem queira melhor se situar nos debates atuais filosóficos entre o positivismo e o relativismo. No mesmo livro encontram-se os textos de Ernest Geliner e de Richard Rorty sobre a matéria, dos quais me vali ao escrever este texto.
4) Estas passagens foram retiradas de uma discussão realizada em Barcelona, sobre a “Introdução alemã aos Escritos”.
5) Encontra-se em: “A Escola de Lacan”, livro publicado pela Papirus em 1992, nas páginas 17 e seguintes.
6) Este texto “Sobre Arcachon” me foi pedido por Jacques-Alain Miller, para servir de introdução ao texto dele, Miller, “Depois de Arcachon”. Os dois textos foram enviados, por correio, aos membros e aderentes da EBP, em agosto de 97. Posteriormente, “Sobre Arcachon” foi veiculado pela rede “AMP-Varia”, na Internet, tendo sido matéria para comentário de Eric Laurent à Escola Européia de Psicanálise.
7) Entrevista publicada na revista Vertex – Revista Argentina de Psiquiatria – Vol. VII, nº 26, Out/Dez 96, páginas 260 a 274.