/Sobre o “Complexo de Cientista”

“Texto excelente; claro e suscinto, não escondendo uma ponta de paixão… …Quanto ao mérito, ao prestigio e ao fascínio que o “cientifico” e a “ciência” exercem sobre aqueles que não os dominam…. Não foi à toa que inventaram um socialismo e um materialismo “cientifico”, uma religião Christian Science. As ciências sociais, não bastava chamarem-se “sociologia” ou “antropologia”? A cadeira de Filosofia do Direito passou a chamar-se “Introdução à Ciência do Direito”. Quanto à neuropsicologia, me parece tão simples: é claro que são mecanismos físicos que operam dentro da cabeça dos homens, que movimentam sua fala e seus desejos. Do mesmo modo, é um motor que me leva na Mercedes. Mas você pode estudar o motor o quanto quiser, pode desmontá-lo, compreender todo o seu funcionamento que ele jamais te dirá porque me levou à praia em vez de me levar para o enterro da minha mãe, em Petrópolis. É claro que o motor pode ter um defeito e me impedir de chegar à praia. Mas não dirá porque não enguiçou na Rio-Petrópolis”. Luiz Eduardo Borgerth, 70, advogado, um dos criadores do sistema TV Globo, em comentário informal sobre o artigo de Daniele Riva e Jorge Forbes, “Complexo de Cientista”, publicado na Folha de São Paulo – Mais!, 11/7.