Jorge Forbes
As
coisas só terminam quando acabam. E elas nunca acabam quando achamos que já
terminaram.
As
pessoas também só terminam quando morrem e elas nunca morrem quando acham que
já terminaram.
O
fim é sempre uma surpresa, o que faz com que nunca estejamos preparados para
ele.
Temos
vários tipos de fim: o fim feliz; o fim doloroso; o fim do consolo; o fim
realizado; o fim das contas; o fim das esperanças; o fim da linha; o fim
alcançado. Fins para todos os gostos e situações.
O
fim pode, além de tudo isso, ser uma
combinação: -“Você está a fim?”.
Como
pode ser um alívio: -“Ufa, finalmente!”.
Ou
uma conclusão: -“Enfim!”.
Podemos
achar o fim da picada, não controlarmos esse momento que marca as nossas vidas.
Que escande o tempo, que põe um antes e um depois. Fim é término, mas também é
caminho, continuação, finalidade.
São
tantas as possibilidades de fim, há tantos fins, que nunca é justa uma palavra
final.
Isto
são as pessoas.
Isto
é gente!
(artigo publicado na resvista IstoÉ GENTE, março 2015)