Editora Manole, 2022.
O vírus vai passar; nossa relação com o intangível, não. Nenhum “novo normal” vai tapar o buraco da incompletude humana.
É fácil constatar que “quando começa a vida” é uma data dependente de uma convenção, não de uma prova científica.
Quem já não inventou um sofrimento conhecido, diante do terrível sofrimento de um sintoma desconhecido, para aplacar a dúvida?
Cada um de nós chora ou sorri por detalhes irrelevantes aos olhos dos outros.
Psicanálise e psiquiatria não se somam, mas podem e devem se articular, no benefício do tratamento da dor de existir.
Paradoxalmente, sabemos cada vez mais e conhecemos cada vez menos.
Jorge Forbes