Jorge Forbes conclui assim seu artigo publicado na seção “Um Novo Olhar”:
“Publicitários, empresários, pesquisadores têm um imenso trabalho pela frente, na passagem da lógica industrial para a globalizada. Não se faz mais propaganda no impacto da força ou da excelência, o triângulo de Maslow caducou. Não se produz mais nas disputas do mundo industrial, mas nas parcerias globalizadas. As pesquisas quantitativas, seccionadas por classes sociais, são máquinas de um tempo passado.
O querer certezas não justifica se acomodar em enganosas estatísticas, ou em não duvidar em estigmatizar os adolescentes. Por que não realçar, por exemplo, que essa moçada descobriu o segredo dos monólogos articulados, o que explica um milhão e duzentas mil pessoas dançarem juntas uma música ritmada, sem um sentido unitário?
Finalmente, vale lembrar que, se Octávio Ianni estava certo, estamos na época do príncipe eletrônico, do meio e mensagem, e que, se antes o futuro se previa, hoje devemos inventá-lo: ele é de nossa responsabilidade”.
(Ano XXVII, n. 1159, p. 41)