/Reações à “Intimidade Preservada”

O artigo INTIMIDADE PRESERVADA, de Jorge Forbes, trouxe pelo jornal O Estado de São Paulo, neste domingo, 13 de fevereiro, a notícia de uma mudança de orientação na política de saúde mental francesa, agora aberta ao imensurável do sofrimento humano, que excede os tradicionais cálculos de custo-benefício dos tratamentos. Aqui, algumas reações de membros da Associação Mundial de Psicanálise e da Internacional Psicanalítica ao artigo (que pode ser encontrado na seção “Escritos”, “Artigos”, deste site).

Márcio Peter de Souza Leite comemora a notícia em tempos nos quais nosso país tem visto a publicação de obras reacionárias como “Admirável Cérebro Novo”: “No Brazil com z fica difícil de entender os franceses”. É o viés também assumido por Marcus André Vieira, a indagar: “Será que a França vai conseguir finalmente ser uma exceção à altura? E nós com nosso mundinho americano?”

Carlos Genaro Gauto Fernández ressalta a importância da busca por “respostas não controladas, não normatizantes, para o desafio da desorientação e ‘desbussolamento’ que se nos apresentam hoje”. E nota: “’Nada será fácil para o ministro’…nem para nós”.

Jésus Santiago diz que Jorge Forbes estava “em Paris no momento em que a psicanálise pôde dar um efetivo e inédito passe em relação à questão da saúde mental”. Em virtude desse “passe”, ele segue: “Espero que a nossa comunidade psicanalítica saiba incorporar e apreender com o que se refere como uma ‘mudança paradigmática de uma orientação’ para o mundo psi”.

Eric Laurent comenta que o fato do site do Ministério das Relações Exteriores do Brasil ter destacado o artigo, afora a qualidade do texto, é um sinal do grande impacto que tem o tema: um ministro que se situa além da avaliação, um homem político separado de sua administração. Seria, nas palavras de Marcio de Freitas Giovanetti, satisfeito com a nova vinda da França, “um político que pensa além do pequeno”.